terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

CRUEL DUALIDADE


Na verdade, acredito que todas as dualidades tem o seu "que" de crueldade. Se não tivesse, não seria uma dualidade, certo? Mas, não é sobre isso que pretendo falar. Falo agora sobre a dualidade das entradas e saídas de minha alma. O objeto é o sentimento, este por sua vez percorre dois caminhos, na mesma direção, porém em sentidos contrarios. Alma - exterior. Exterior alma. Eu ainda nao sei se sentimento é o que entra ou é o que sai. Onde ele nasce? Se dentro de nós, sendo motivado por algo interno, não faria sentido a força que ele faz para sair... como uma criança, que sai do conforto do ventre materno para enfrentar o encanto do exterior. Ou será a liberdade? O sentimento sente o mesmo? O sentimento sente? O seu sente? O de algumas pessoas não. O meu sim. Que bom!

Sim, eu quis que esses caminhos contrários fossem incapazes de síntese final ou de recíproca subordinação.
Eles são meus escravos! Ou será que são: "meus cravos"? Ou ainda.. ex-cravos?
Eis a cruel dualidade, entre três linhas tênues? Estranho!
Mas são essas entradas e saídas que permitem a existencia da linha tênue entre o amor e ódio.
Entre o prazer e a dor.

(05-fev/08)
*_Flá_*

2 comentários:

Bárbara Matias disse...

Ei Flavete!!!

Gostei do texto...
Virei aqui mais vezes viu?!

Bjos!

Filipe Garcia disse...

Flavinha, que bonito e profundo tudo isso! Não é que é assim mesmo: esse eterno desencontro com a gente mesmo? Esses sentimentos borbulhando e a gente doido, sem saber o que fazer co m eles? Muito interessante sua brincadeira com as palavras escravos, cravos, ex-cravos. Há sentimentos tão inoportunos quanto os cravos, realmente.

Bjão! Foi um prazer ler-te. Gostei muito.