sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O outono da minha razão.

A razão me machuca.
Mas, por que no final é sempre por ela que eu escolho?
Não queria que fosse assim. Em nome da razão eu mato os meus sonhos mais profundos e me contento em viver uma aparente segurança. E a vida mais uma vez me engana, pois eu coloquei o fator errado como condicionantes da minha felicidade.

E tudo termina em um dia em que eu desmorono diante de mim mesma. Sem aguentar mais sustentar tanta força externa, só eu sei sozinha o quanto dói ter olhos que enxergam além do que é visível.
Odeio todas as vezes que me sinto impotente... assim como agora
descoberta, completamente nua.

Saudade do outono, onde eu vi cair as folhas secas da árvore que plantei. Saudade pois queria ter a chance de reaver o erro. O erro de me proteger e preparar para as outras estações pois aceitei antes que eu não poderia impedir as folhas de terem caído. Nem mesmo tentei, por covardia errei.

E a consciência não me deixa. Ela me pergunta: será que a árvore ainda tem vida? A razão sempre vai responder que não e que o outono sempre vai voltar. Mas, não vou mais acreditar, não gosto de me sentir assim.

É uma inconciente proteção, pois não queria ter que viver a chance do meu jardim ficar em folhas ao chão quando chegasse o inverno.

Sim, outono, como sinto a sua falta e isso sim não se chama razão.
(30-jun/08)

*_Flá_*

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